O evento se iniciou com a chegada dos grupos escoteiros convidados (Curt Hering, Teófilo Bernardo Zadrosny e Leões de Blumenau, de Blumenau; Duque de Caxias, de Indaial; e Timbó, de Timbó; Todos do Distrito Escoteiro do Vale) e do grupo anfitrião (Jacoritaba, de Jaraguá do Sul) ao ponto de encontro, no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Corupá, na noite de sexta feira, de onde seguiram em comboio até a igreja da comunidade do Rio dos Correias, no mesmo município. Lá, seniores e escotistas receberam as primeiras informações sobre o curso da atividade ao longo do sábado e estabeleceram seus pernoites.
O sábado começou cedo, com alvorada e café da manhã servido pontualmente as 06h e 00min. A abertura das atividades do dia foi as 07h e 00min, quando o coordenador da atividade agradeceu a presença de todos, explicou os detalhes da jornada que estava por vir e relembrou a todos sobre a importância de se observar todas as regras de segurança ao longo do percurso. As patrulhas Aconcágua, Agulhas Negras, Cracatoa, K2, Karipuna, Kilimanjaro, Morro Azul e Xavante foram divididas entre as tropas Cabeça de Tigre e Pedra Branca, que partiram para a jornada em momentos ligeiramente distintos. Primeiro saiu a Tropa Cabeça de Tigre, as 07h e 15min, e logo depois foi a vez da Tropa Pedra Branca colocar o pé na estrada, ou melhor, na trilha, as 07h e 30min.
A primeira parte da jornada foi a mais difícil, pois compreendia a subida da serra através de um “estradão” abandonado. No alto da serra e após mais 45 minutos de caminhada as tropas chegaram ao primeiro objetivo do dia, a Pedra Cabeça de Tigre, onde pararam, fizeram um lanche e tiveram a oportunidade de fotografar um dos mais remotos e místicos acidentes geográficos do município onde, segundo relatos dos antigos moradores da região, era o local onde o “leãozinho” ou o “puma”, como diz o pessoal da localidade, dormia.
Bem alimentados e com as energias renovadas foi hora de partir novamente. Em um leve percurso de descida, de cerca de 30 minutos, já era possível ouvir o som do da água do rio colidindo com as pedras enquanto seguia seu curso em meio a mata, quando as tropas chegaram à Ponte Natural. O local, um capricho da natureza, é uma grande laje de pedra sob a qual todo o fluxo de água do rio é desviado através de um sumidouro, ressurgindo logo abaixo. É possível atravessar o rio nesse local e retornar a trilha na outra margem, rumo a Pedra Branca.
Dali à Pedra Branca, onde as tropas fizeram mais uma parada para se realimentar, as tropas encararam mais duas horas de caminhada, entre subidas e descidas e muita, mas muita lama. A Pedra Branca é uma enorme parece de rocha sob a qual existe uma gruta que pode abrigar cerca de 20 pessoas para um pernoite. Próxima a ela a outras estranhas formações rochosas recobertas de concavidades que lembram, entre outras formas, uma grande caveira.
Um pouco mais cansados, com as mochilas com cada vez menos mantimentos e já acumulando cerca de 10km de jornada em meio a mata, foi enfim o momento de tomar o rumo do acampamento, uma fazenda no alto da serra gentilmente cedida pelo proprietário para a instalação da cozinha e que também funcionou como QG para a organização da atividade. Ao chegarem, por volta das 17h e 00min, os jovens foram recebidos com um lanche reforçado. Lá, montaram seus toldos e barracas, tomaram banho, jantaram, participaram do jogo noturno e do Fogo de Conselho e puderam descansar, sob um céu estrelado e sem nuvens que só veio a colaborar com a noite de lua nova no alto da serra.
No domingo, novamente a alvorada e café da manhã foram cedos. As 07h e 30min todos já estavam prontos para dar início ao módulo de bases. No pasto da fazenda, uma área de aproximadamente 240.000 m2, foram montados um tobogã e uma tirolesa, além das bases de Futebol de Tripé, Futebol de Sabão, Campo Minado e da Base do Lenhador, na qual as patrulhas tiveram a oportunidade de aprender sobre o manejo e praticar o uso de uma serra “traçadeira”, uma ferramenta muito usada pelos pioneiros colonizadores da região.
Finda as bases no domingo, toda a Staff, Chefia e Seniores participaram do almoço de confraternização, uma saborosa feijoada, arrumaram suas mochilas, depositaram-nas nos trator, que auxiliou no transporte das mesmas desde o início, e puseram os pés na estrada de volta à igreja do Rio dos Correias, onde ocorreu o encerramento da atividade.
Edson Weege (Ch. Corupá)
Coordenador do V Acampasênior
Comentários
Postar um comentário